Por um segundo

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Se o mundo deseja de mim o calor

Que dos teus braços nunca tive, apenas o frio.

Se dos meus olhos escorrega uma lágrima, pequeno rio.

Precisam d’outra prova de amor?

Nascemos unidos por um destino, talvez por sorte.

Por uma força intangível, um elo de morte.

Ah! Que sofrimento, quanto fenecer!

Precisamos do fim, d’outro renascer?

Vida! Não me deixes, não faça assim...

Sei que errei, fui deveras incauto.

Sou forte, mas estou fraco, em pranto.

Quanta tristeza, desilusão merecida dum infausto.

Morte... Que deste homem se apraz, por enquanto.

Precisarei renascer, principiando outro fim?

Fortaleza, 17 de outubro de 2002.

21h30min