O INVERNO

O Inverno. As árvores despidas,

Na cabeça da serra.Chuva de cristal

Tomba no café das vidas.

Nas glaucas pingss da natureza do mal.

Ruas nuas. Almas desertas. Compreendidas

Entre o Céu e a Terra. Coisas despercebidas.

E a neve fala. E o frio é fatal.

As flores gritam de perdidas. Declaram.

E os jardins berram de compaixão.

Lá fora. Um cego vê. Os amantes amam.

E os pedintes temem. Não têm pão.

E a fome prospera. Os sanguessugas enganam.

E a mentira contnua. É uma grande inflação.

LUÍS COSTA

13/12/81

TÓLU
Enviado por TÓLU em 09/11/2019
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