O INVERNO
O Inverno. As árvores despidas,
Na cabeça da serra.Chuva de cristal
Tomba no café das vidas.
Nas glaucas pingss da natureza do mal.
Ruas nuas. Almas desertas. Compreendidas
Entre o Céu e a Terra. Coisas despercebidas.
E a neve fala. E o frio é fatal.
As flores gritam de perdidas. Declaram.
E os jardins berram de compaixão.
Lá fora. Um cego vê. Os amantes amam.
E os pedintes temem. Não têm pão.
E a fome prospera. Os sanguessugas enganam.
E a mentira contnua. É uma grande inflação.
LUÍS COSTA
13/12/81