Aurora

Noites silenciosas de demiurgo breu.

Herdadas alegorias de conchegos ternos,

Adornando sendas no que sobreviveu,

Sorvendo cabais lábios sempiternos.

São difusos os caminhos que extasiam,

Com encruzilhadas de decisões gigantes;

Idílicas aos fortes que manifestam

Em cumes ausentes, tons uivantes.

Tal qual inseto que cava sondando

No recato lúcido das mornas entranhas

Ávidas bravuras em mundo devassando.

Suspirantes e decisivamente estranhas,

Compassivas, e fugazmente acordando

No acasalar cálido feliz, - sem artimanhas.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 08/11/2019
Reeditado em 08/11/2019
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