Aurora
Noites silenciosas de demiurgo breu.
Herdadas alegorias de conchegos ternos,
Adornando sendas no que sobreviveu,
Sorvendo cabais lábios sempiternos.
São difusos os caminhos que extasiam,
Com encruzilhadas de decisões gigantes;
Idílicas aos fortes que manifestam
Em cumes ausentes, tons uivantes.
Tal qual inseto que cava sondando
No recato lúcido das mornas entranhas
Ávidas bravuras em mundo devassando.
Suspirantes e decisivamente estranhas,
Compassivas, e fugazmente acordando
No acasalar cálido feliz, - sem artimanhas.