Ó lua que a minha estrada iluminavas
Ó lua, que a minha estrada iluminavas...
Invernos quantos aqui nós já passamos...
Tu me vias quando outrora caminhavas,
nestes bosques solitários nos olhamos.
E havia tantas coisas pra lembrar:
Tu estavas, a vagar, no céu etéreo...
Eu seguias com minh'alma a sonhar,
com teu brilho, a pratear, o cemitério.
As vezes fico como o dia que anoitece,
sem o canto da ave na luminária,
fico as vezes no silêncio d'uma prece.
Merencório, caminho pela rua,
minha alma é solitária, solitária,
minha alma é como tu, ó lua.