Ciclo

Como água de rio, sigo nas correntezas da vida.

Batendo em pedras da minha estrada comprida

Um rio nunca para nem volta até chegar ao mar

Um rio nunca é rio se a chuva do céu não chorar

Demorei anos pra meu rio virar um lindo oceano

Que o destino me lapidou entre tantos abandonos

No lago que fui beleza e seu olhar não percebeu

Da poesia que fui, mas você não me escreveu.

Um dia o vento no mar vai evaporar minha alma

E me levar para o céu, pra ser uma nuvem calma.

E o sol vai me derreter para revelar o azul do céu

Um girassol vai brotar para abelha colher seu mel

Como chuva, vou cair para mais um rio renascer.

E continuar o ciclo de rio, morrer, nascer e viver.

Jacir Teixeira
Enviado por Jacir Teixeira em 06/11/2019
Reeditado em 21/02/2020
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