SONETO AO CRISTAL QUEBRADO

Tenho para mim que o cristal quebrado

Assemelha-se à perda da confiança

Ao surgir de um ato que não é esperado

Seguido de palavras em que se lança

Num momento que não foi tão pensado

Embora se arrependa em fala mansa

E ainda que pense em deixar no passado

O fato é que foi postura de criança

Agora já não importa o que faça

O cristal ruiu! E o que restará então?

Depois desta sua atitude devassa

Em que divergem os cacos no chão

Pois não é igual esbarrar na taça

E arremessá-la em fúria com a mão