A MUSA

Traduzir teu silêncio em sentimentos,

cicatriz anotada de tua alma.

Meu ofício é garimpar prazer e trauma,

sem pudor, censura ou comedimento.

A sensibilidade se opõe calma

ao marasmo das certezas que enfrento.

Co’a fome de te ler todo momento,

desvendar-te como às linhas da palma.

A flor da pele, jardim derradeiro...

Primavera arrepia teus canteiros!

Outros versos te fazem companhia.

E percebo minha insignificância,

cultivada no tonel da arrogância.

Eu sou poeta. Você, poesia!

*Interação ao soneto SENSIBILIDADE de Poeta Carioca.

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 03/11/2019
Código do texto: T6786157
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