Íris

Não existo mais que o impreciso infinito

Repriso que universo me é fluente,

Lente límpida e lúcida no expoente,

Aclive do meu devaneio mais bonito.

Anormal eu estar tão aflito

Se calculado na íris pendente,

Vigente a índigo do mar transparente,

Fervoroso, onde descansa meu espírito.

Inerente é o desejo erudito

Delineado por orbe fluorescente,

Caminha para a psique, levianamente.

Cético sou, do frívolo que se fez

No acaso que os períodos me atingem,

No enigma que me cura da embriaguez.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 02/11/2019
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