Soneto
Não nego o que sinto
Porque sou poeta
Meu dom interpreta
O mundo faminto
Meu pobre recinto
Tem vida indiscreta
Minha alma inquieta
Revela o que pinto
Na minha pintura
Há muita ternura
E também rancor
Meu dom se propaga
Prá mostrar a chaga
De pranto e de dor