SONETO AO PIOR DO HOMEM

Seres abomináveis e sem alma

No cintilar do sangue como espelho

Em mortífera ira que não se acalma

Diante das lágrimas, do sol vermelho,

De aflição e vergonha por esse trauma

Que se pudesse rogaria de joelho

Pelo bem de Gaia, que em dor se faz calma

E num apelo sem voz, o aconselho

A lutar pra que a raiva não o tome

Em espírito de arrasar à Terra

Frente a tanta ganância que o consome

Afinal você é homem que sempre erra

À sombra do mal sem rosto e sem nome

E que se fez só pra viver de guerra