Hoje ando eu com a desventura
Hoje ando eu com a desventura,
buscando nestes dias tão tristonhos...
Enquanto não vieres o frio da sepultura,
a chama pr'aqueceres os meus sonhos.
Embalde neste solo a lamentares,
a angústia, veste-nos, teu negro véu...
Aqui na terra para chorares,
feliz quem creres serás no céu.
Oh! Quem me seguias já não segue mais...
Palavras, dizer-me, já não dizes
e bradares não escuta os meus ais.
Nossos pobres corações, enfermos
serão se assim vagarem infelizes,
como sombras indo por estes ermos.