NO SERTÃO CANTEI REPENTE

No sertão que nasci cantei repente

Fiz amigos fieis toquei viola

Doutrinei no sertão a minha escola

De poeta sincero e contundente

Eu conquistara o povo mais carente

Sobretudo a rústica fazendola

Da mansão do nababo a casicola

Fiz estrofe sublime e coerente

Eu fui artista do povo campesino

E cantei como forte nordestino

A miséria vulgar da nossa plaga

No plangente baião da cantoria

Eu fiz verso imitando a melodia

Da música autêntica de Gonzaga

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 22/10/2019
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