NO SERTÃO CANTEI REPENTE
No sertão que nasci cantei repente
Fiz amigos fieis toquei viola
Doutrinei no sertão a minha escola
De poeta sincero e contundente
Eu conquistara o povo mais carente
Sobretudo a rústica fazendola
Da mansão do nababo a casicola
Fiz estrofe sublime e coerente
Eu fui artista do povo campesino
E cantei como forte nordestino
A miséria vulgar da nossa plaga
No plangente baião da cantoria
Eu fiz verso imitando a melodia
Da música autêntica de Gonzaga