Arabescos
Dentro de mim a vida traz umas rasuras
Que muitas vezes ao olhar para esses riscos
Não compreendo e meus olhos já ariscos
Vão se embrenhando, estudando as estruturas
Que ela desenha, no meu ser feito arabescos
De uma forma que os traçados das gravuras
Se emaranham de tal forma em misturas
Mostrando traços vez por outra pitorescos
Quero tomar em rédeas curtas meu destino
Mostrar-me dona do caminho que escolhi
E a alma cheia de esperança regozija
Mas tais rasuras tocam em mim de forma rija
Levando assim as intenções que eu acolhi
E obedeço como à mãe um bom menino.