Pés desnudos na grama molhada


Caminhando lentamente pela grama verde fria e molhada

Desnudando os meus pés desejo sentir o agradável frescor

Silencio ouvindo a chuva, fico completamente encharcada

Com as gotas que deslizam em meu corpo e abranda o calor.



Audaciosamente aflora meus desejos de bem-aventuranças 

De mulher? Ou uma criança? Que roda na campina verde

Sem choros e nem mágoas, delineando para as mudanças

Equilibrando-me nos espaços curvilíneos com muita sede.



Tênue claridade de ternura para ver minha estrela cadente

Nas centelhas de luz ser levada numa cantilena de ventos

Sem melancolias vislumbrando horizontes. Seguir em frente...



Somos seres em constantes movimentos, merecemos acalentos

Andando descalço na chuva ou na fina garoa, com frio ou calor

Se curvar para a singeleza da mãe natureza vivendo com amor.




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exto: Miriam Carmignan