HOMENAGEM  AOS  PSEUDO-SONETOS

 

Pseudo–sonetos no feudo são certos:

Espertos, libertos, feitos aos fardos,

Não há como estar entre filhos ou netos

Dos feitos: respeito a todos os bardos...

 

De efeito sanfona, (assim fica mole),

Vai-se dissertando sem ver o estrago

Quando sua língua, de audaz  descontrole,

Sem um movimento, parece um rasgo

 

Seguido de outro, e mais um; e em segundos,

A pá de confetes que se publica,

Jogada do alto, traz  traumas profundos

 

A quem atingido: pede e suplica

Que finde a desgraça, e que, moribundo,

Escreve o soneto que lhes replica...

 

 

 

 

 

 



José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 02/10/2007
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