Inocência
A vastidão do universo, como platéia
Deixa as curiosas estrelas a contemplar
Junto ao rio Ninfeta inocente, nua e enamorada
Também fica embriada ao tocar seios e sedosos
O céu como Narciso, se espelha enciumado
Impregnando de beleza aquele lugar
E ela ainda úmida, de um prazer que pouco sabia
Se aninha menina nos braços do jovem enamorado
Não mais importa os deuses, nem o tempo
Só um bailar em águas rasas a testemunhar
Uma noite humana de crianças a se amar
E o céu se veste do dia, como padastro
Pondo fim para casal, da magistral folia
Rompendo a boemia noite expondo um cego dia.
Kiko Pardini