A MORTE
A MORTE
Na íntegra faliu o corpo à morte
Algo denso, dorido e que lancina
No peito, bem no fundo, inciso corte;
A morte é um episódio que alucina...
À campa desce a urna à própria sorte
Depois tão bem ornada com bonina
Lá dentro já exala um cheiro forte;
O corpo a produzir cadaverina...
A seiva que corria em sua matéria
Exalta que a morte é impropéria;
Epílogo com lágrimas saudosas...
Uns choram aqui em cima de amargura
O corpo decompõe na lájea escura
A morte é aviltante e indecorosa!
Arão Filho
SLZ-MA, 13.10.2019