Soneto da Saudade
Saudades do agitado carnaval
da minha vida nas noites dançantes,
entre sebos, bares e a marginal
cena explodindo poetas e amantes!
Saudades de irmãos que em outro natal
encontrei e não são os mesmos que eram antes,
de amigos de riso fácil e leal,
de amores de quatro em motéis gozantes!
O que passou e não pode mais volver,
o que a vida não mais nos restitui,
a gente tenta com as mãos reter.
E eu velo o tempo que lá longe flui,
vendo o que nunca mais eu hei de ser,
chorando aquilo que um dia fui...