Cúmulos - soneto
Ainda existem cúmulos no céu de minhas esperas.
Embora baloiçam sem nenhum atrito, lá estão.
Aninhadas ao requinte purificado do maior singelo
Que é este amor purificado e guardado neste afeto
Ainda desta forma meus olhos divisam expedições
E na exceptiva das divisões que floreiam adentro
Dos corações e de seus bornais, apareças acenando
Para a reverência de novas aspirações e miragens.
Algumas gotículas rodopiam em torno dos cúmulos
Dançando com maestria e simplicidade aguardando
As fusões das argamassas se inteirarem e abraçar-se
Ao encontro que no aguardo estão: para com efusivos
Aplausos e regozijo delirantes, verem as gotículas
Em plena fusão, se abraçarem por essa consagração.