Soneto
Eu vejo meu semelhante
Num sofrimento total
Vivendo como animal
Em estado degradante
Nosso regime pedante
Deflora toda moral
Transforma o ser social
Num tosco servo migrante
Neste covarde regime
A própria lei não redime
O respeito de ninguém
O cidadão solidário
Sobrevive de um salário
Finda como Zé Ninguém