HORTA DE RANCORES
Se revelo os mais nobres sentimentos,
escolhendo palavras sem rancor.
Tu te ergues do mais profundo calor
e derramas teu ódio pestilento.
Onde clamo por paz, amor ou dor,
Ou, quem sabe, uma pedra no caminho.
Reúnes palavras em desalinho,
sem convite, sem nexo e sem pudor.
Em tua prece exortas o destino,
que irônico te enreda em desatinos,
pois é por ti que o fracasso veleja.
Só te resta vagar na solidão.
Vasta em mim, faz em ti devastação!
Solo árido onde cresce a flor da inveja.
*em interação ao soneto ZOMBETEIROS de Poeta Carioca.