PRÉLIO
Na ilusão, edificam-se certezas.
Torres monolíticas espelhadas.
Símbolo pueril da singeleza,
de tudo que somado vale nada!
No prélio das vidas sem gentileza,
compaixão é virtude descartada.
Mais vale ter, pra fazer crer nobreza,
medalhas ao próprio peito, pregadas.
O ouro, a prata e o bronze dão ciência
da fugaz e inexpressiva existência.
Do nada que se encerra em teu cansaço.
A vertigem que aos poucos traduzia,
que o luzir dos metais não somaria,
foco à caminhada dos teus passos!
*Em interação a IN PROELIUM de Poeta Carioca.