ESTOÍCA
As sombras que transpassou-me a retina,
Romperam o véu sobre os meus olhos.
Pude enxergar a luz através da cortina...
Em raios, surgindo entre os escombros.
Há tanto tempo, que fora Desiludida;
Ainda posso sentir a dor sussurrando
Nessa imensidão da minh'alma sofrida...
Uma tempestade nos olhos desaguando.
Formou-se em mim, um oceano obscuro.
Transpondo-me há um lugar sombrio;
Eis que nas trevas, tornei-me:_ Ser impuro!
A fagulha de luz que brilhou outrora...
Esvaiu-se dos olhos, assim, como a Vida!
Olhar lânguido, nem sequer mais chora.