VELHAS MEMÓRIAS
Velhas memórias de um triste passado,
Melhor que não as despertes agora.
Pode ser que não seja a melhor hora
De mexer naquilo que foi guardado.
Se te deixam ferido, magoado,
Algumas marcas seguem tempo afora.
Um ferimento nunca vai embora,
E sempre sangra quando é tocado.
Nem abre a velha caixa que as guarda
Da visão de algum olhar curioso.
Mantém a distância, fica afastado,
As más lembranças podem machucar.
São bombas de efeito danoso,
À simples visão podem detonar.
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Para o mestre fcunha lima nada fica sem resposta:
=SEGREDOS DE UMA VELHA CAIXA=
Olhei a caixa, abri-la, desisti!
Seu conteúdo causaria medo?
Não mais tornar visível o seu segredo,
Foi este o sentimento que senti.
Olhando para a caixa eu me perdi,
Deixei os sonhos me escapar dos dedos,
O tal desejo já não me concedo,
Ficar sem ele nunca me abati.
Larguei a caixa velha no seu canto,
Abri-la poderá trazer-me espanto,
Pelas lembranças que estarão perdidas.
Resolvi não mexer no que está quieto,
Deixar de vez o seu lado secreto,
Para não reabrir velhas feridas.
Jota, me estimulou no verso, abraços. Fernando cunha lima. 30-09-19.