QUE PENA!
Estranhas meus estranhos pensamentos?
Ocorre que sou de outra geração,
Na qual não precisava documentos;
Palavra era palavra, sem senão.
Mas hoje, mesmo com mil argumentos,
Verdade mais parece uma ilusão,
Descréditos estão marcando tentos
Como se cada um fosse um ladrão.
É tanta vigilância tendenciosa...
Armada até os dentes contra a gente,
Que a negação de si precede a prosa.
Ser-se digno envergonha o ser decente,
E aquela confiança valorosa...
Que pena que é passado e não presente!