Outro Soneto
Dourada noite atroz que me domina
feito sedenta leoa no cio,
meus passos arrastados ilumina
em direção a um castelo vazio.
Da minha torre deliro e vigio
a bêbada cidade-estricnina,
onde homens se embebedam em cada esquina
do mal cruel no espectro sombrio.
Essa noite me conhece e me abraça,
ela passa em mim tal seres em bando,
no carnaval da carne e da cachaça.
Eu tanjo um aláude e vou passando,
até amanhecer com a alma escassa,
vendo os astros no céu se suicidando.
Vagner Rossi (meu verdadeiro nome)