O ESPIÃO
O ESPIÃO
Senadores incógnitos, por medo
do povo pressentir os seus chulés,
povo eleitor que deu-lhes muita fé,
julgaram inocente o homem do dedo,
do dedo em riste, um espião azedo,
homem que dá em todos pontapés
quando não sente que endeusado ele é,
homem que dossiês guarda em segredo
para fazer uso em momentos certos
como armas venenosas, explosivas,
que deixarão colegas descobertos.
Sabendo dos venenos escondidos,
muitos dos desafetos lhe dão vivas
para não publicar quais são bandidos.
(17-05-2003)