AO MAIOR SONETISTA DO MUNDO, AUGUSTO DOS ANJOS
AO MAIOR SONETISTA DO MUNDO
AUGUSTO DOS ANJOS.
Escrever soneto foi sua doutrina
Sua vida curta, foi muito sofrida
Que a tuberculose lhe roubou vida
Mesmo na angustia, cantou sua sina
Morreu muito jovem saiu da rotina
Deu-se por vencido, de alma ferida
Era fã dos germes e carne apodrecida
Fez de sua obra uma carnificina
Seus poemas lúgubres deram-lhe muito lucro
E hoje a sua musa, vai ao seu sepulcro
Pra ver se resgata versos pra os acervos
Procura o poeta, só acha destroços
Fuça na mortalha, só encontra os ossos
E o um crânio vazio, sem versos e sem nervos.
Russas, 12.09.2019