Um sonho de paixão.
Era suave a tua presença, vento de calmaria.
Teu sorriso primaveril em cores se abria.
E na troca de olhares, mil amores prometia.
Sorri ledamente como menino na doceria.
Meu coração acelerado tremia não batia.
Procurei minha razão, ela estava em rebeldia.
Tentei controlar o sentir, e ele não obedecia.
E como nino na ciranda cirandei à revelia.
Entreguei-me sem entender o que sentia.
E como nau sem âncora segui a correntia.
Daquele olhar mudo que tudo prometia.
E de repente a realidade em sua tirania.
Gritou é sonho! Acordei pois já era dia.
E dela só restou, as rimas desta poesia.
(Molivars).