A NOITE QUASE GLACIAL

A noite quase glacial dormia,

Numa cama de ternura co'olhos

De vidro e o vento então se repetia

Nesta aureóla da vida com abrolhos.

E na pureza daquela tarde amena,

O poeta com a alma que tudo via...

declamava versos na chuva serena

Enquanto a luz de perto o seguia.

Entretanto tudo se ouvia numa constante,

O melro cantava assim tão triunfante

E os arvoredos ao longe se despiam.

A saudade, como louca me sorria

O aspecto solar se entardecia

E as vinhas e os vinhedos se esqueciam...

LUÍS COSTA

TÓLU
Enviado por TÓLU em 17/09/2019
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