A Última Vez Que Amei...


A moça e a árvore trocaram de lugar
Numa época de hostilidade e dor
Nem a União Européia poderia evitar
A iminente chegada do lenhador


Ele retira de um recipiente gasolina
Sem saber conciliar preservação e progresso
Mal sabe ele que a árvore é uma menina
Indefesa diante de um ato de retrocesso


Risca o fósforo num atrito de combustão 
Fecha os olhos a morena com coração 
Poucos minutos e o fogo a tudo consome...


A árvore vai agonizando de pé 
Em meio as cinzas surge uma jovem mulher
Talvez a  única  a trata-lo como um Homem...
Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 16/09/2019
Reeditado em 16/09/2019
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