SONETO BRUTO
Pode chorar, canalha, e ficar puto
Em vão, pode querer levar no grito
O que reclama em fúrias de cabrito
Desmamado, atitude de matuto.
Eu vou fingindo, aqui, que nem escuto
A birra, o seu anal-com-luto aflito
Que inspira riso, qual Romero Brito...
Que rir será argumento mais arguto.
Porém não há porque temer o mito,
Respeito basta, é fato, e qualquer bruto
Entende algo tão simples, sem conflito.
Seu choro é só performance e é fajuto,
Ninguém mais crê na esquerda, no delito
Por mais um dia...ou por mais um minuto.
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