SONETO BRUTO

Pode chorar, canalha, e ficar puto

Em vão, pode querer levar no grito

O que reclama em fúrias de cabrito

Desmamado, atitude de matuto.

Eu vou fingindo, aqui, que nem escuto

A birra, o seu anal-com-luto aflito

Que inspira riso, qual Romero Brito...

Que rir será argumento mais arguto.

Porém não há porque temer o mito,

Respeito basta, é fato, e qualquer bruto

Entende algo tão simples, sem conflito.

Seu choro é só performance e é fajuto,

Ninguém mais crê na esquerda, no delito

Por mais um dia...ou por mais um minuto.

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 16/09/2019
Reeditado em 16/09/2019
Código do texto: T6746169
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