Seresta ao Luar
Vendo a lua brilhando cor de prata
Faz lembrar-me da minha jóvem guarda
Que com o pinho eu fazia serenata
Altas noites sentado na calçada
Eu cantava a canção do puro amor
Bem ao pé da janela da amada
Minha vóz era um despertador
Lhe acordava e me ouvia bem deitada
No silêncio da noite a melhor hora
Toda vez que se canta o pinho chora
Nos acordes das cordas afinadas
Satisfaz o prazer do seresteiro
Quem acorda-se sente prazenteiro
Os lazeres das altas madrugadas