Me alimento do caos e da miséria
Me alimento do caos e da miséria
Deformado em sinistra anatomia
Tal uma sombra sou odiado pelo dia
Amante da podridão e das bactérias
Vou trilhando a via avessa da matéria
Nas etéreas mortalhas sombrias
Ansiando o fim desta vida vazia
Na mão da morte rompendo minhas artérias
E vem o tolo bradar com ideia vaga
Romantizando a vida vã que os esmaga
Como uma fumaça, como uma sombra...
...vão levando uma vida inútil sem razão
Em minha desgraça eu descanso na escuridão
...pois é a luz da vida o que me assombra