NOITES PREDATÓRIAS...

A que se presta minha alma,

A necessitar de luz alheia,

Para caminhar na escuridão,

Que qualquer vela aceita.

Para seguir inconsciente o dia a dia,

Olhando os mesmos rostos senis,

Que me perguntam sempre por ti,

Como se fosse minha seita.

Entre brumas de cervejas,

E do cigarro a desenhar teu rosto,

Na fumaça flexível e aleatória.

Vou sem rumo sem que vejas,

O caminho deserto do meu desgosto,

Nessas noites que da alma é predatória.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 12/09/2019
Código do texto: T6743415
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