NOITES PREDATÓRIAS...
A que se presta minha alma,
A necessitar de luz alheia,
Para caminhar na escuridão,
Que qualquer vela aceita.
Para seguir inconsciente o dia a dia,
Olhando os mesmos rostos senis,
Que me perguntam sempre por ti,
Como se fosse minha seita.
Entre brumas de cervejas,
E do cigarro a desenhar teu rosto,
Na fumaça flexível e aleatória.
Vou sem rumo sem que vejas,
O caminho deserto do meu desgosto,
Nessas noites que da alma é predatória.