Soneto do Renascer
E a lua beija as ondas azuis e claras do mar
E o vento eflui fazendo-me novo penteado
Dispondo em mim o parágrafo virado
De uma fábula que era amor a determinar
Quieto-me ante nocente fatal realidade
A paixão, hoje crença, aparenta feitiço
Enraizado em minha aura tal qual vício
Memorizando em mim a tela da saudade
Lendas, histórias, face da esquina a deriva
Figura obscura trazendo a razão cativa
Ora declamando poemas ora nutrindo sonhos
Hesitando em um universo de ficção viva
Faço-me intérprete sentindo-me uma diva
De corpo e ardor nos versos que componho.