Apostasia
Quando ressoa a estação única real
Abraçava um feitio mais coerente
E saia para o mundo como um crente,
Naquela silente gente tão normal.
Mas quando a sorte padece de moral
Retornava um homem indiferente
Na fraqueza inerme que não sente
A ignomínia espectral de um ancestral.
Era radical de muita apostasia…
No pranto desleal que a Alma jazia
Imóvel, esquálida, e sem cor.
Para tirar o disfarce que trazia
Passava o tempo lento como ator
Para mostrar a face de tanta dor.