TOLERÂNCIA (soneto)

Não venho aqui me desculpar com perdão

e nem tão pouco desfiar verso plangente.

Aqui declamo o que o coração deverás sente

onde há mais que tesa regra ou justificação

Não façamos ouvidos surdos a toda gente

no cada qual com a sua escolha ou razão.

Gratuita é a liberdade ofertada na emoção

tal qual cor na aquarela se faz diferente

Se amar é gesto que nos traz comunhão

porque assombra o fluxo contracorrente?

Pois na sombra não se erigi plena visão

É aflitivo crer que desafeto seja recorrente

da intransigência na diversidade de opinião.

Pois, a quem ama, a tolerância é presente...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Agosto, de 2017 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/09/2019
Reeditado em 30/10/2019
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