De um Soneto que Passa com os Dias
Os dias vão passando tão devagar
e minha mente te procura à divagar
pelos horizontes distantes e infinitos
pelas parlendas antigas e seus mitos;
agora os dias vão passando depressa
e a minha mente à poesia regressa
voando alto, tal qual raro passarinho
e a inspiração outrora rara é como vinho
que embriaga a alma ruborizada
alma liberta adentrando a madrugada
buscando a luz interditada do cometa
buscando a flor extasiante d’outro planeta
mas, encontrando tão somente a saudade
da voz silenciosa que ecoa à eternidade.