Onda
Adentra no seu pélago e no meu; onda,
Redonda, seios, forma coração,
A sensação do vento, dentro estronda,
Ronda na alma, desce sem corrimão.
Oscilação; o meu eu para o seu se leva,
Eleva a perna em estado febril;
Abriu a boca, em desafetação de Eva,
Treva incógnita, nunca existiu.
Aderiu ao abraço: ondas lambidas,
Tolhidas vísceras vestem apenas.
Dezenas, milhões; comida e bebidas.
Exibidas chuvas; moldes de vidas,
Contorcidas línguas com as mãos plenas,
Cenas de areias úmidas proibidas.
#ordonismo
Uberlândia MG
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