O derradeiro momento de amor
“Sleep, sleep on! Forget thy pain –
My hand is on thy brow,
My spirit on thy brain,
My pity on thy heart, poor friend;
[…]
Sleep, sleep, and with the slumber of
The dead and the unborn,
Forget thy life and love;
Forget that thou must wake, forever;
Forget the world’s dull scorn;
Forget lost health, and the divine
Feelings which died in youth’s brief morn;
And forget me, for I can never
Be thine.”
(P. B. SHELLEY)
Ao meu cruel destino hei me acostumado,
Portanto contra ele não vou mais praguejar;
Não posso, ó cara Anastasia, te amar,
E por ti tampouco não posso ser amado.
Mas uma última vez sente-se ao meu lado,
E deixe-me em teu doce colo repousar.
Dê-me tua mão, e que ela possa me guiar
Por entre um sono refrescante e sossegado.
Permita-me apenas por hoje me esquecer
De que não tenho nenhum lugar neste mundo,
E minha única esperança é morrer.
Só por um dia, sane meu pesar profundo
E deixe meu coração a ti pertencer,
Mesmo que seja por um ínfimo segundo!