Lamento do Aquinate

Procurei-O, achando-O e O perdendo

No espelho deste mundo em que o azul

Converte-se logo em um memento

Do quanto o belo em si tem algo cru

E doloroso; foi, portanto, a Cruz

Postada como opróbrio e redenção

Que me tocou a alma e os nervos nus

Abrindo no meu peito em convulsão

Um facho de luz a que me ativesse

E servisse a meu Deus em entendimento

Vendo nas “Summas” a dourada messe

Do divinal poder, gigante lógico...

Mas me aterro ao perceber, sedento

Que Ele não se enquadra em qualquer código.

Rodrigo C Pereira
Enviado por Rodrigo C Pereira em 25/08/2019
Código do texto: T6729078
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