Soneto do Fim
No tempo em que sonhos tornam-se nada
E planos, são jogados ao chão
A realidade vira ilusão
Alegria em frangalhos é rasgada
Da dita alegria calou-se o canto
A presença tornou-se solidão
Submerge na tristeza o coração
Curva-se a felicidade ao pranto
Separando o que antes, inseparável
Ao apagar o brilho reluzente
Tornando-se pesar e dor, o amável
Súplica, em afagar o que a alma sente
Recomeço, é a dúvida em mim
Maior é a tristeza, de meu fim.