QUEBRADIÇA
Voltei à poesia como quem
desiste de viver e se embebeda
na taça estraçalhada, livre em queda
ao túmulo precoce e se abstém
do amor em estilhaços, que também
adoça as mortes mornas, mas azeda
as vidas engulhadas que degreda
às noites sempiternas cá do além
do verso em linhas turvas, submissas
às rimas renascidas da premissa
terrível que é escrever como quem goza
por entre as tantas curvas sinuosas
cobertas por cadáveres de rosas
em pétalas de cinzas, quebradiças...!