POUR L'ENNUI

POUR L'ENNUI

Quem por acaso vir estes meus versos

Não cuide já qu'eu seja grande ou médio,

Em busca de meus eus vários dispersos

Ou a ponto de querer morrer de tédio…

Não leia como a bula d'um remédio,

Que se preste a desejos controversos

E nem me desconstrua feito prédio

Onde habitem os sonhos mais perversos.

Leia como parece: Como um poema.

Se não lhe parecer, não tem problema…

Talvez não seja ainda o seu momento.

Mas se for, por favor, sempre me leia

Sensível ao que mais se lhe permeia,

Deixando ao fim algum contentamento.

Belo Horizonte - 20 08 2019