FERIDAS

O sangue que jorrou joelho abaixo

Abaixo não chegou aos pés

Fazendo o caminho revés

Chegou à cabeça, como um esculacho.

Quedas de verdadeira lição

Ensinando a olhar para o chão

E nele ficar de pé

Para o que der e vier.

Aos deslizes nós estamos sujeitos,

Mas com a fé e a força do peito

Levantar-se e agir, é para os eleitos.

O sangue que hoje é dor

Amanhã será o sangue esplendor,

Pois, o sangue/vida, é sangue de amor.

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 20/08/2019
Código do texto: T6724824
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