SOU A MARÉ BAIXA
Sou a maré baixa neste porto,
Onde me vou ir num mar envolto,
Numa embarcação dum sentido torto,
Do meu sonho muito mesmo solto.
Num laço de sangue como desporto,
Numa manta de espuma, me revolto,
Desde que me conheço mesmo absorto,
Naquele lugar onde estou desenvolto.
Valeu a pena estar vivo, valeu.. Nesta
Hora morta, onde pra além da festa,
Desvendarei o absurdo deste meu viver.
Na minha balança vou procurar a sina,
Que a vida é uma coisa pequenina…
Mais tarde, tudo mesmo podemos ter.
LUÍS COSTA
Terça-feira, 8 de julho de 2014