DE TOQUE EM TOQUE
E sem sequer visar à notoriedade
Nas várias artes constatou-se envolvido
As produções pareciam-lhe sem sentido
Por puro engano de uma mente na maldade
Perdia tempo alisando versos, textura
E penetrando nas palavras o estilete
Elaborava com elas um ramalhete
Sentando, às vezes, admirava a belezura
E nas pastas brancas, organizava os chasques
Divertindo-se com recados, travessuras
Do menino que no passado bem viveu
Com a força insistente da imaginação,
Pois se via autor de resultados esplêndidos,
Que, pela Providência, desenvolveu.