“POBRE CANTADOR”.

          

 

 

Um violão molhado de sereno

Eu cantava a janela não abria;

O dia estava amanhecendo...

Só de teimoso eu não desistia.

 

Abre a janela minha amada!

Enquanto eu cantava dizia...

Ouço os clarins da alvorada

Tu nem escutas a melodia.

 

Os pássaros já em revoada

As minhas pálpebras cansadas,

De cantar tanto, tu não ouvias.

 

Eu me esmerando de amor

Este teu pobre cantador...

Mas, eu cantava e tu dormias!