Soneto
A vida mundana
Em nada me prende
Meu dom compreende
O que nos engana
Vejo a coisa humana
Como se desprende
O mal não me rende
E nem me profana
Eu faço um registro
Do mundo sinistro
No meu poetar
Como trovador
Canto o dissabor
Da vida vulgar
A vida mundana
Em nada me prende
Meu dom compreende
O que nos engana
Vejo a coisa humana
Como se desprende
O mal não me rende
E nem me profana
Eu faço um registro
Do mundo sinistro
No meu poetar
Como trovador
Canto o dissabor
Da vida vulgar